Fígado vulcânico

Adérito Coimbra, técnico especializado de restauração, afirma ter aquilo que chama de 'fígado microondas'. Segundo o próprio, o álcool que bebe é "processado a uma velocidade que o amigo havia de ver, havia de ver! Eu bebo e forma-se-me logo um calor na zona do fígado. Quando eu vou a julgar que estou a ficar bêbado, não consigo e sai-me uma espécie de fogo, assim fininho e que mal se vê, pela boca. Se a fechar sai-me pelas ventas e chamusca-me os pêlos todos e cheira mal, cheira à matança do porco! É chato porque já queimei um par de meias à minha Ilda e uma saia novinha que era em terylene. A minha sogra tem uma orelha toda cheia de bolhas que foi um beijinho que eu lhe dei! E mandam-me bocas, que sou dragão e o carxgx! Ora desde pequenino que sou do Vizela e isso um homem não tolera. Eu até sou meiguinho mas ando-me a passar!"
Pedimos a todos os que convivem com o potencial vulcânico do Sr. Adérito, o favor de não lhe chamarem dragão. Ninguém tem culpa de processar o álcool tão rápida e eficazmente. Convenhamos que não ingerir álcool poderia ser uma solução mas, segundo palavras do próprio, "E eu, depois andava a quê, amigo? A gasoil?"
Pediu voz, teve-a! Não será por isto que arderemos no Inferno.

Nota: o tratamento 'amigo' não implica qualquer grau de proximidade entre nós e o cidadão que nos interpelou. Reparámos por acaso que tratava todos os elementos do sexo masculino por 'amigo' e todos os do sexo feminino por 'Ouve lá, ó..." Hábitos pessoais nos quais optámos por não interferir, embora apetecesse.